terça-feira, 31 de maio de 2011

O papel do poder judiciário na sociedade nos dias de hoje.


Em um encontro com queridos amigos e colegas Dr. Fábio Rods e André Luis Moura, conversávamos sobre o poder judiciário e sua função social. Conversávamos especificamente da justiça do trabalho e suas decisões que podem prejudicar muitos em favor de um único indivíduo.

A função social do judiciário a qual aprendemos na faculdade é da aplicação da justiça em razão do povo, das pessoas. É levar em conta o bem comum frente à individualidade.

O juiz de direito, personagem central na relação processual como um todo. Em instâncias diversas, remete a figura de uma pessoa idônea e imparcial, como um mediador de conflitos deve ser e assim como se faz necessário para aplicação da lei.

O caso é que o judiciário tem esquecido de visualizar o bem comum, privilegiando o individual e perpetrando sentenças sem nenhuma razoabilidade no que diz respeito ao coletivo.

A justiça do trabalho, mesmo que de forma implícita, tem por objetivo a defesa do trabalhador, hipossuficiente frente ao empregador, o que por vezes pode prejudicar outros tantos trabalhadores de uma mesma empresa.

Chegaram ao meu conhecimento 3 sentenças consecutivas contra uma mesma empresa que “quebraram” essa empresa e vão desempregar 200 pessoas em detrimento de 3 trabalhadores. Claro, se houve a sentença contra essa empresa, é porque para o juiz restou comprovado que o empregador não cumpriu aquilo que a lei lhe impunha como dever frente ao trabalhador, mas não pode ser por isso que a empresa deva ser punida de forma a prejudicar todos os outros trabalhadores que prestam serviço para essa empresa.

Não bastassem essas sentenças inconseqüentes, as execuções posteriores são mais preocupantes, pois não levam em conta o “princípio do menor sacrifício do executado” impondo penhoras e leilões prejudicando assim a continuidade do funcionamento dessas empresas que são obrigadas a dispensar seus trabalhadores, deixando diversas famílias desamparadas em função do conseqüente desemprego dos trabalhadores, da agora extinta empresa.

“Princípio do menor sacrifício do executado: ...a execução deve realizar-se da forma que, satisfazendo o direito do credor, seja o menos prejudicial possível ao devedor. Assim, “quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor...”[1]

Para ilustrar o que quero dizer, cito por exemplo, uma empresa que faz pagamentos “por fora” para o trabalhador. Esses não beneficiam somente o empregador. Eles beneficiam as duas partes do contrato de trabalho. O empregador, que tem menores valores dos encargos trabalhistas e reflexos legais frente ao salário, e o trabalhador que também se beneficia, tendo menos a pagar ou até se isentando do imposto de renda bem como descontos menores do INSS.

Ocorre que quando do julgamento, o judiciário tem os olhos voltados e tendenciosos para as falhas do empregador e jamais algum tipo punição ou repreensão a esse empregado que de certa forma “lucrou” com esse valor “por fora”, que deveria também ser observado pelo julgador.

Outro ponto questionável do judiciário, é o fato como se conduz a execução dos processos. Maior atenção deve haver no que se refere à situação financeira da empresa, bem como as condições de saldar a dívida trabalhista imposta pela sentença prolatada, sob pena de haver falência da empresa e assim prejudicar e desempregar outros tantos trabalhadores para que se faça cumprir a sentença e o referido pagamento para um ou dois empregados.

Está passando da hora de o poder judiciário se atentar ao bem comum frente ao individual em todas as searas, seja ela cível, trabalhista, tributarista ou criminal. O poder judiciário está inserido em uma sociedade e deve se comportar como tal, expandindo sua visão e medindo as conseqüências de seus atos e sentenças frente ao todo.


[1] Theodoro Júnior, Humberto, Curso de Direito Processual Civil, vol. 2, 36ª ed., Rio de Janeiro, Editora Forense, 2004, pg. 11-12.

As imposições e evoluções na sociedade

Hoje ouvindo o rádio, me deparei com Alexandre Fetter, comunicador da radio Atlântida FM, relatando o que havia presenciado sobre o movimento “massa crítica” – movimento que prega o uso de bicicletas como meio de transporte – referente à agressividade de alguns componentes do grupo, provocando e até ofendendo motoristas durante o seu protesto que trancou várias ruas.

Palavras de ordem como “...quero ver acelerar agora...” e “...fumando velho burro...”, pronunciadas por membros do referido movimento, para motoristas indevidamente trancados no trânsito por força do protesto, foram citadas pelo comunicador Alexandre Fetter, testemunha presencial dos fatos. Difícil.

Vivemos em uma sociedade um tanto tradicional, machista e de costumes centenários. Certo que já houveram evoluções, mas essas não são e nem devem ser rápidas, sob pena de serem evoluções modistas e passageiras.

Vejo que hoje, com essa evolução de direitos e de tecnologia, existe um grupo de pessoas que gostariam de apressar essas mudanças culturais à força. Na minha humilde opinião é o que acontece com o movimento “massa crítica”.

O brasileiro possui carro há muito tempo. O brasileiro, como diz o comercial, é um apaixonado por carro. A cultura de se ter um carro é muito forte no nosso país. Isso não é uma novidade. Crescemos admirando carros. Motores, gasolina, rodas, suspensões. Isso é centenário. Quem, principalmente os homens, não sonhou em crescer e ter o seu próprio carro? Aposto que mesmo esses que hoje divulgam a bicicleta como meio de transporte, quando crianças, sonhavam em ter o seu próprio carro. Isso é o normal no Brasil.

Andar de bicicleta, para a maioria das pessoas é apenas um lazer. Pegar a bicicleta para dar uma voltinha no domingo é o normal. Usar a bike como meio de transporte diário é a exceção. Ainda.

Isso um dia pode mudar e a bicicleta virar a regra do transporte nas capitais. Talvez demore, talvez seja rápido. Não se sabe. O que não se pode é impor à força que isso aconteça. Fazer com que as pessoas deixem seus carros em casa e andem de bicicleta, é uma mudança radical na cultura do brasileiro. E como toda e qualquer mudança na cultura de qualquer país, isso exige muito tempo e dedicação. Forçar as coisas ou tentar impor alguma coisa referente aos costumes de uma nação não é o mais fácil. Empurrar “guela abaixo”, pode e com certeza vai gerar a antipatia da população, e ao invés das pessoas abraçarem a causa, vão repelir o movimento. Protestos para chamar a atenção é uma coisa. Atrapalhar a vida alheia é outra.

Na mesma rádio Atlântida FM, outro comunicador, KG Lisboa, citou outra atrocidade do referido movimento de ciclistas. Esses ciclistas utilizaram todas as faixas da Av. Independência sentido ao bairro, tendo em vista que se localiza além do complexo hospitalar da Santa Casa, é caminho certo e quase obrigatório para mais 3 hospitais. Protestar e chamar a atenção das pessoas, criando empecilhos para chegada a hospitais, não é protesto, é baderna. Aí alguém vai dizer: Ah! Mas se tiver a ambulância vai ligar a sirene e o movimento vai abrir passagem. Aí eu replico: Só ambulâncias transportam doentes o acidentados? Carros particulares e táxis também atendem doentes e acidentados.

A forma a qual o movimento “massa crítica” tenta dar visibilidade ao seu movimento, trancando ruas, interrompendo o trânsito e limitando a mobilidade dos outros entes do trânsito, sem a comunicação das autoridades do trânsito para que os acompanhe, além de prejudicar outras pessoas, põem em risco a vida dos próprios ciclistas.

Nossas ruas estão lotadas de carros. Não existem espaços nem delimitações corretas e eficazes para carros e pedestres, quem dirá para as bicicletas, que querendo ou não, nas ruas de qualquer capital do Brasil, são um meio de transporte relativamente novo frente ao pedestre, transeunte e os carros.

Gostaria muito que realmente houvessem ciclovias e espaços próprios e enquanto isso não acontece, respeito para quem quer usar esse transporte barato e limpo, que com certeza aliviaria inclusive o trânsito de veículos, mas isso ainda não é uma realidade.

Pleitear esse direito é legítimo. Impô-lo não. Com violência então, pior ainda!
Me desculpem aqueles que pensam diferente, mas não é dessa forma que se muda uma cultura.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dicas para passageiros de táxi


Muitas pessoas andam de táxi e nunca ninguém explicou ou demonstrou certas características desse transporte.

Pois vão aí algumas dicas:

1) Quando precisar trocar uma nota de dinheiro de valor alto, avise a tele táxi no momento da chamada ou ao entrar no táxi. Não deixe isso para o fim da corrida. Nem sempre o motorista terá troco ou teve tempo de trocar uma nota alta que recebeu do passageiro anterior. Avisando com antecedência, o passageiro aumenta a possibilidade de troca dessa nota. Lembre-se, a mesma dificuldade que o passageiro tem para trocar uma nota de valor alto o motorista de táxi também tem;

2) Se beber vá de táxi. Certo. Mas se beber demais nem táxis levam. Nenhum motorista de táxi quer levar um bêbado chato ou alguém que possa vomitar dentro do táxi e impossibilitar o taxista de seguir trabalhando. Sim. Porque vocês acham que se alguém “emporcalha” o carro, é só passar um paninho e seguir? E o cheiro? NÃO. O carro precisa ser lavado por dentro, o que vai deixar o táxi parado por pelo menos um turno(12hs) sem trabalhar, o que além de tudo vai gerar um custo(lavagem + diária) que inevitávelmente será repassado ao autor do fato. E podem acreditar não é barato. Portanto pensem bem antes de “entrar em uma garrafa”;

3) Bater a porta. Pelo amor do Santo Deus. NÃO PRECISA BATER A PORTA! A frota de táxis de Porto Alegre é relativamente nova, ou seja, feche a porta do táxi sem bater. Caso ela não feche, tente novamente com um pouco mais de força, mas sem exagero. Lembre-se que essa porta que você utilizará para entrar e sair, precisará ser usada por outros passageiros, por isso “lacrar” a porta na é uma boa idéia;

4) Animais dentro do táxi. Salvo cão guia, nenhum outro tipo de animal tem transporte obrigatório. Por esse motivo, quando pedir um táxi pelo tele táxi, avise que você tem um animalzinho de estimação para ser transportado, dando características (cachorro, gato, pequeno, grande, etc...) do mesmo, para assim encontrar um taxista que transporte animais e se assim ocorrer, esse táxi terá o direito de cobrar uma taxa extra por esse transporte; Aliás isso vale para o transporte de qualquer outro objeto “diferente” (mesinhas de centro, banquinhos, tijolos, cimentos, etc...);

5) Quantidade de passageiros. QUALQUER táxi em Porto Alegre, salvo veículos adaptados para cadeirantes, possui capacidade de transportar além do motorista, 4 passageiros. Portanto não insistam em levar 5, isso é excesso, infração e dá multa;

6) Corridas curtas. As corridas curtas não são problema. O problema são as notas altas que as acompanham. R$50,00 para pagar uma corrida de R$4,82 não e legal. Facilitar o troco é legal;

7) Bom dia, boa tarde ou boa noite, não é obrigatório, mas faz parte da educação. Cumprimentar o motorista do táxi é grátis e não arranca pedaço;

8) Corridas para fora de Porto Alegre são mais caras. Não se usa taxímetro - aparelhinho que serve para converter a distância percorrida e tempo o qual o passageiro está dentro do táxi, em dinheiro - para sair da cidade. É cobrado pela distância percorrida em Km + hora parada, quando isso acontecer. A corrida fica cara, pois é cobrada em dobro, já que fora de Porto Alegre não se pode pegar passageiros e por isso se cobra o retorno. Isso significa que no caso de você sair de Porto Alegre e ficar “lá” ou, por exemplo, ir “lá” entregar um documento, por 5 minutos, e voltar no mesmo táxi, pagará o mesmo preço. Se precisar que o táxi fique esperando fora de Porto Alegre, pagará além do valor da corrida, o tempo parado, que na maioria das vezes vale mais do que dispensar um táxi e depois pegar outro para retornar;

9) Pegar um táxi, não significa necessariamente que você esta alugando um carro. Você está pagando para ser transportado. Isso significa que mexer no rádio do táxi, GPS ou qualquer outro aparelho contido no veículo, precisa de autorização do motorista;

10) Cadeiras de rodas. Por força de uma determinação municipal, todos os táxis são obrigados a transportar cadeiras de rodas, desde que elas caibam dentro do táxi, seja no porta-malas ou dentro do táxi. De qualquer sorte, avisar a tele táxi e sempre recomendado. Se não couber, não existe obrigação, pois transportar qualquer objeto que fique para fora do porta-malas, ou que tenha que ser transportado com o porta-malas aberto, está sujeito a multa;

11) Jeitinho brasileiro. “Pode entrar contramão, essa hora pode...”. NÃO! NÃO pode entrar contramão nem um pouquinho, nem um montão e em horário nenhum. Alem do risco de bater de frente com outro, é infração gravíssima. NÃO PODE!; “Faz esse retorninho proibido, essa hora não tem problema...”. NÃO. NÃO pode fazer. Se é proibido, é proibido a qualquer horário. “Pode ir mais rápido, estou atrasado(a)...” Se está atrasado(a), sai mais cedo. Existe um limite de velocidade para ser cumprido. Assim como nos outros casos, desobedecer a isso, aumenta o risco e é infração;

12) Motoristas  de táxi que xinguem passageiros, sejam mal-educados, cobrem a mais sem razão para isso, estão sujeitos a punições. Portanto denunciem para a tele táxi, caso a chamada seja feita pela tal e sempre denunciem para a EPTC_POA pelo fone 118 sempre que se sentir lesado, física e moralmente;

13) Crianças. Essas não devem andar "soltas" dentro do carro. Devem andar sentadas, com cinto de segurança e tanto elas quanto os pais, entender que os botões dos vidros elétricos, travas elétricas, auto-falantes e outros contidos no táxi, não são brinquedos, estragam e tem custo;

Ah! E bom humor. Bom humor é fundamental em qualquer situação.
Acho que era isso!
Conhecer um pouco facilita bastante a convivência temporária entre taxista e passageiro.

sábado, 21 de maio de 2011

O retorno do fascismo

Não existe outro assunto nas mídias do que a multiplicação do patrimônio do Ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci.
Não queria, mas me obriguei a escrever algumas palavras.
Estamos vivendo desde o governo Lula uma transformação no nosso querido país. O problema, que essa mudança, ao contrário do que todos vislumbram, não é para melhor.
Na verdade estamos vivenciando o retorno do fascismo e do comunismo de uma forma mascarada.
O governo Lula já começou essa transformação e agora com o apoio da massa de manobra por ele criada, Dilma Roussef vai dando continuidade a essa mudança.
Estamos a mercê de uns poucos privilegiados que estão cada vez mais ricos a custa da mão de obra do povo. O atual governo, assim como o anterior, tem feito um distribuição de renda igualitária, nivelando todos por baixo, transformando a todos em classe C ou D e ainda preconizando o maior poder de compra dessas categorias. Como mandam os interesses dos governantes, se ve uma grande evolução nas classes econômicas e das famílias mais pobres, difundido amplamente nos veículos de comunicação, criando a falsa impressão de que o povo está evoluindo economicamente.
O fato é que essa evolução é limitada, atingindo somente uma classe que na sua maioria é ignorante e que enxerga esses líderes como "salvadores da pátria".
Agora pergunto: E a evolução das classes B e C? Alguém já ouviu nos noticiários que a classe C está evoluindo para a classe B ou para A? Ou que a B está evoluindo para a classe A?
Eu mesmo respondo.
Não, não estão noticiando isso. Pelo simples fato de que isso não está acontecendo. O atual governo age sobre o proletariado, distribuindo a miséria tal como as "bolsa isso, bolsa aquilo", praticamente orientando que os menos favorecidos tenham mais filhos e possíveis eleitores ignorantes que manterão esses fascistas no poder, seja pela obrigação de retribuir a "esmola" ou pelo simples sentimento de gratidão assim forçado por eles por essas "bolsas".
Um dos homens mais ricos do mundo, o Brasileiro Eike Batista, não teve a mesma capacidade que o médico Antônio Palocci, de multiplicar os seus bens por 20, dando consultoria financeira, em tão pouco tempo.
Agora, quando a imprensa e porque não a sociedade cobram explicações pela "magia" realizada pelo Sr. Ministro Palocci, as "Fascio di Combatimento" ou Esquadra de combate petista, usa seus escudos administrativos e políticos, para que um de seus mais importantes membros, não preste esclarecimentos para a sociedade desse enriquecimento à jato e assim não possa ter sua imagem novamente comprometida e ligada a chefe de estado, como já havia acontecido no governo Lula.
Infelizmente estamos nas mãos dessa gente e a maioria do povo tem sua visão distraída por esmolas governamentais e copa do mundo. Temo que quando as pessoas conseguirem perceber o futuro que as espera, seja tarde para se tomar alguma atitude que não seja radical.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vida na noite

   Hoje recebi um convite para falar da vida na noite, na madrugada.
   Engraçado. Depois desse convite, fui provocado e comecei a lembrar de algumas histórias que passei ao longo desses quase 10 anos de trabalho a noite.
   Já fui assaltado. Tudo bem que na ocasião, apesar de estar com o táxi e de ser a noite, não estava trabalhando. Mas foi a noite.
   Uma vez ouvi de uma menina da noite que o nosso trabalho, o de taxista é bem parecido com o delas, pois temos que prestar serviços para desconhecidos, muitas vezes para pessoas desagradáveis e clientes que não podemos escolher, pois estão nos pagando por um serviço e temos que fazê-lo sem reclamar. Filosofias da madrugada!
   Na verdade esse conceito se aplica a quase todas os profissionais, mas durante a madrugada, esse tipo de filosofia tem um peso muito maior.
   Muitos são os causos, por assim dizer, que acontecem durante a noite dentro de um táxi. Posso dizer que já vi de tudo que um ser humano possa ver em uma vida. Aliás acho que esse é o bônus de quem trabalha a noite. Aliás, trabalhar a noite exige também algumas peculiaridades. Cito personalidade, não te preconceitos, jogo de cintura,  educação e paciência, muita paciência.
   Não desisti do meu sonho que é a carreira jurídica, afinal estudei bastante para isso, mas confesso aqui que gosto de trabalhar a noite. Acho que a noite por si, a liberdade que esse trabalho trás, me seduz. Conhecer as pessoas e sua diversidade na sua forma mais desarmada, mais desavergonhada, sem as máscaras e as carrancas dos seus uniformes e obrigações de trabalho os quais a maioria estão investidos durante o dia, é muito legal. O mesmo cara que tu vê de terno e gravata durante o dia, comandando com muita competência uma equipe especialista em finanças, a noite, chama um táxi, de preferência com os vidros escurecidos e pede para entrar na garagem da sua residência para pegá-lo, vestido de mulher, para levá-lo a uma casa GLBT.
   Isso é muito legal. Conversar com as pessoas, afinal durante a noite elas estão mais dispostas a conversa, pois estão usando o táxi a passeio, na maioria sem pressa, indo para uma festa ou evento, pedindo opinião a respeito da roupa, na maioria mulheres, perguntando de restaurantes, casas noturnas e até mesmo querendo escutar histórias vivenciadas durante a noite dentro do táxi.
   Claro que não são só de coisas boas que vive o táxi a noite. Além do assalto referido no começo desse texto, existem também os acidentes, as perdas, que nesses quase 10 anos não foram tão poucas assim em função da violência. Companheiros, camaradas que dividiam e ao mesmo tempo disputavam passageiros a noite foram mortos pela violência normal e inaceitável de uma capital. Assaltos, facadas, tiros e até acidentes de trânsito, foram responsáveis pelas mortes desses. Alguns próximos, outros um pouco mais distantes, mas ao mesmo tempo próximos pelo fato de serem colegas de profissão. Isso assusta, entristece e ao mesmo tempo faz com que reivindiquemos melhores condições, principalmente no que se refere a segurança pública e porque não, condições de trabalho e faz também que sejamos mais atentos aos perigos da noite.
   Em suma, trabalhar a noite é interessante, mas perigoso.
   Peço de antemão desculpas por esse texto, caso não seja interessante para muitos, mas é que o convite que recebi do meu "companheiro" de twitter e produtor da rádio Gaúcha de Porto Alegre, me fez pensar um pouco nessas coisas e colocar aqui nesse espaço.
   Queria dizer também, que esse monólogo foi escrito sob a euforia de um colorado comemorando o campeonato Gaúcho de 2011 e regado a um bom Cabernet Sauvingnon chileno.

sábado, 14 de maio de 2011

Copa 2014

   Inevitável se falar nesse assunto.
   Ainda mais pelo fato de que em 2013 haverá a Copa das Confederações, o que reduz os prazos das obras para a maioria das cidades sedes.
   Muito caro será o preço pago por nós cidadãos comuns e contribuintes por esse evento, o qual entusiasma a maioria dos brasileiros, consumidores das opiniões de uma grande manipuladora de massas, chamada televisão.
   Hoje, 14 de maio de 2011, ou seja faltando 2 anos para a Copa das Confederações e 3 para a Copa do Mundo, obras ainda nem começaram e seus orçamentos já extrapolam qualquer realidade. Outras estão em andamento e explodiram seus orçamentos em 2, 3 vezes mais.
   O templo brasileiro do futebol, o Estádio Jornalista Mário Filho, também chamado de Maracanã, administrado pela SUDERJ(Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro), é o melhor exemplo da pajelança financeira o qual viveremos por causa desse glorioso evento. Um orçamento inicial em torno de 700 milhões de reais para uma simples reforma, que hoje já está estimado em mais de 1 bilhão de reais, podendo ultrapassar - e vai ultrapassar  - fácil esse valor. Só para comparar, a construção do Emirates Stadium, estádio do Arsenal da Inglaterra, teve um custo de 430 milhões de Euros, hoje um pouco menos de 1 bilhão de reais. Detalhe, que esse foi o custo do Estádio, que é uma arena multiuso com tudo que se possa imaginar dentro de um complexo de entretenimento - teatro, shopping, cinemas, restaurantes, etc, mais as obras de infra-estrutura conexas. Entenda-se infra-estrutura como acessos ao estádio, ponte sobre linhas férreas e demais projetos de acessibilidade e mobilidade urbana ao redor do complexo.
   Bem diferente dos mais de 1 bilhão de reais que serão gastos para uma REFORMA em um estádio no Brasil, veja bem, REFORMA.
   A diferença é que o estádio do Arsenal, assim como a reforma do Beira-Rio e construção da Arena do GFPA, é que o dinheiro investido vem da iniciativa privada que valoriza seu dinheiro, já que não vive na mesma "disneylândia" que o poder público, com dinheiro infinito e desvios escabrosos.
   Agora a pergunta: Tchanã!
   Quem vai pagar por todas essas obras super-faturadas, desvios de verbas e todo dinheiro público "investido"?
   O quão caro vai nos custar essa visibilidade?
   O quão caro vão nos custar essas mudanças, que os políticos insistem em nos empurrar guela abaixo que vão ficar para as cidades depois da Copa?
   Ah! E serão mudanças significativas mesmo. O Estádio Olímpico João Havelange, o famoso Engenhão, que o diga. Ou alguém aqui discorda que lá na Amazônia era necessário um estádio de futebol? Ou em Brasília? Tendo em vista que são potências brasileiras no esporte, com todos os seus clubes multicampeões, realmente eram necessários novos e gigantescos estádios. Assim como é de extrema necessidade uma quadra de tênis no deserto do Saara, e assim como é imprescindível que se crie uma arena para touradas na Índia.
   Fica a dúvida.
   Quanto e por quanto tempo pagaremos por esse gigantesco progresso?
   Pense nisso.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Álcool e Direção

Muito se fala em beber e dirigir. Quais as melhores punições para quem pratica tais atos combinados?
Se fala que o problema é cultural, da criação, do tipo se eu crescer vendo meu pai bebendo e dirigindo, terei suporte para fazer o mesmo.
Não vejo por esse ângulo.
Acredito que o problema passe realmente pela cultura do brasileiro. Não pelo fato de exemplos ruins, mas sim por um velho e conhecido problema do nosso amado país: IMPUNIDADE.
Não que a o infrator não seja punido, e sim pelo fato de essa punição ser tão irrisória que para uns vale a pena cometer infração e pagar por ela depois. Também caracterizo essa impunidade pelo fato de não haver fiscalização por parte das autoridades para que se faça valer a legislação.
Para quem vive a noite e esse é o meu caso, situações de motoristas saindo das casas noturnas cambaleando e pegando os seus carros para dirigir, não são exceção. Muito pelo contrário, essa é a regra. E escrevo isso sem nenhum medo de errar ou cometer calúnia.
As blitz existem? Sim, existem. Mas por lugares que todos conhecemos, inclusive os infratores.
Aliás, existem vários meios de saber onde estão ou estarão essas blitz. Estamos na era da informática, internet, 3G, iPhone, Smartphones, twitter, torpedo, etc. É muito fácil nos comunicarmos hoje, o que é bom e ao mesmo tempo ruim, como toda ferramenta criada.
Então pergunto.
Porque não se faz blitz nas saídas de casas noturnas?
Porque esperar o indivíduo sair da casa noturna, fugir da fiscalização, causar um acidente e depois sim agir? Ali, na saídas das casas noturnas é que está a origem. Blitz nas saídas de casas noturnas de forma aleatória seria uma boa solução. Tenho certeza disso!
Alguém aí pode falar que informação é a solução. A é? Então vão querer me convencer que aquele(a) guri/guria de sobrenome tradicional, família de posses, que estuda medicina, engenharia, direito, etc. na UFRGS, PUC ou qualquer outra instituição, não sabe que não pode beber e dirigir? Faça-me o favor!
IMPUNIDADE! Essa é a palavra.
Multa é pouco. Prisão é muito. A não ser que essa infração tenha resultado em acidente com lesões corporais ou morte, aí sim cabe prisão.
Uma boa maneira de terminar com isso, democraticamente falando, seria tirar o carro! Sim, confiscar o carro!
Tanto o pobre, quanto o mais abastado sentirão. Confisca o carro e aqueles que puderem, transforme-se em viaturas para as polícias e os que não apresentarem boas condições, ferro velho!
É radical? Sim. Mas infelizmente no Brasil só se aprende assim!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Não respeitam mais nossa casa.

Ontem, mais uma derrota do time colorado.
Mais uma derrota daquelas difícil de administrar.
Não foi uma derrota qualquer. Foi uma derrota para o nosso principal adversário. E o pior, dentro da nossa casa.
Claro que as individualidades e como dizem os “boleiros”, os detalhes, determinaram a nossa derrota novamente, mas foi uma derrota.
Com uma defesa fraca, sem segurança e um goleiro que até então parecia estar se recuperando, deram chances e proporcionaram que o adversário nos vencesse.
Mais uma vez o time voltou do intervalo desconcentrado e tomou um gol com menos de um minuto do segundo tempo.


 Claro, mérito do adversário, que não tem nada haver com isso.
Difícil explicar o que acontece na nossa casa.
Não impomos mais respeito dentro dos nossos domínios.
A torcida não faz mais diferença.
Somos um time comum, entre tantos os que existem dentro do país.
Algo há que ser feito para que isso mude. Temos que fazer com que os adversários quando adentrem a nossa casa, já entrem em campo perdendo de pelo menos 1 a 0. 
Temos que fazer o adversário, errar em bola pelo fato das pernas estarem tremendo de medo, por enfrentar o Sport Club Internacional. Temos que fazer os adversários ficarem menores dentro do campo, afinal de contas estão enfrentando um Bi Campeão da Libertadores da América e Campeão Mundial FIFA.
Como se faz isso?
Simples: com um time confiável, que atraia a torcida e mostre dentro de campo um bom futebol.
Há que existir mudanças para que isso ocorra. Temos pessoas competentes para isso. Presidente, vice-presidente, técnico. Todos com bagagem e conhecimento. Alguma coisa tem que ser feita para que o Beira Rio seja novamente respeitado como deve ser a casa de um CAMPEÃO DE TUDO!


sábado, 7 de maio de 2011

Mendigo ou terrorista?

Adentrei a esse mundo até então desconhecido dos blogs.
Quanto ao título, não se preocupem, não é mais uma "reportagem" sobre o Bin Laden. Poderia, mas não é!
A verdade é que o título remete as opções que hoje os nossos governantes estão nos dando.
Explico!
Parem para pensar.
Vejam o quanto a propriedade e os ganhos são taxados no nosso país!
IPVA, IPTU, ITBI, IR, etc.
Vivemos em um país em que é "proibido" melhorar de vida. A menos que você queria passar da classe "D" para a "C". Mas esse é o limite. E não entendam isso como uma crítica a essa melhora. Todos têm direito a evoluir.
As ditas classes médias, estão cada vez menos médias.
Ainda ontem o governo baixou juros, incentivou a compra de carros flex - bi combustíveis - e todos foram as lojas, compraram ou trocaram de carro. E agora? O que se faz com o carro que foi comprado por incentivo do governo.
Claro. Compramos porque quisemos.
O governo incentivou, não obrigou. Certo. Até porque não precisamos de carro, o nosso transporte público é ótimo. Ah! Faça-me o favor!
Na minha opinião, uma grande cilada. Que eu também caí, diga-se de passagem. Hoje muitos de nós temos carros e hoje o governo ri da nossa cara.
"Compraram carro! Hahahaha! Agora vocês vão ver: Aumenta o IPVA, o seguro obrigatório, o combustível. Hahaha! Financiaram em 60, 72, 84 meses! Hahahaha!"
Agora o nosso estimado governador Tarso Genro, através da sua "equipe", está nos dando mais uma "mãozinha". A inspeção anual obrigatória, que deverá ser paga juntamente com o IPVA.
Ah! O IPVA é muito pouco para cobrir essa inspeção. Um carro dito popular, com 4 anos de uso, paga em média R$500,00 de IPVA por ano, fora seguro obrigatório, licenciamento, taxa de emissão de documento, seguro total e mais a uma quantidade absurda de impostos embutidos nos combustíveis, aditivos, óleos e demais peças de reposição.
Será que dentro de tudo isso que já pagamos para ter um carro, não poderia se direcionar uma parte para a tal inspeção?
E mais. Nada contra tem um Fusca, Corcel, Belina, Chevete ou outro carrinho mais "antiguinho", mas precisa mesmo obrigar a fazer inspeção, carros com 3 anos de uso e desobrigar carros com mais de 15 anos?
A probabilidade de um carro com 15 anos poluir o meio ambiente é muito maior do que de um carro com 5, 4, 3 anos de uso.
Ainda por esses dias, li o Blog do Wianey Carlet, que publicou uma carta em tom de desabafo, de um empresário que está sendo "punido" por proporcionar educação aos seus funcionários. Leiam. É o cúmulo do absurdo.
(http://wp.clicrbs.com.br/wianeycarlet/2011/05/04/a-revolta-de-um-bom-brasileiro/?topo=13,1,1,,,13)
Estamos caminhando gradativamente para um regime comunista, onde os governantes se favorecem e enriquecem e a população fica cada vez mais pobre.
Percebam. Não é nenhum tipo de teoria da conspiração, é realidade. O cerco está se fechando e cada vez mais as duas opções do título estão se apresentando. Que não sejam essas opções extremadas, necessárias.

1ª de muitas!

Criei um bendito blog. Vamos ver no que vai dar.